terça-feira, agosto 16, 2011

Quando eu morrer

Quando eu morrer

Quando eu morrer
Quando eu morrer, vou deixar trabalho
Para quem quiser trabalhar
Descanso para quem quiser descansar.

Quando eu morrer
Quando eu morrer, quero que façam de vossas lágrimas um sorriso
Tudo porque fui no infinito.

Quando eu morrer
De nada mais me vou lembrar
Meu corpo se tornara num aparelho sem sistema

Quando eu morrer
Muitos vão perguntar se dos sorrisos que fiquei por dar
As palavras que fiquei por falar

Quando eu morrer
Outros vão lembrar os momentos vividos na terra
E questionar-se do paraíso que me espera

Quando eu morrer e bem na hora de minha morte
Muitos vão assustar
Muitos vão admirar
Muitos vão chorar
Outros vão sorrir
Mas é com Deus com quem vou falar.

(Em homenagem ao malogrado Gando pelo carinho que nutríamos um pelo outro)

quinta-feira, agosto 11, 2011

Sexta-Feira Santa

É sexta-feira
É dia santo
Alimentação de peixe bem-vinda
A carne é toda maldita.

Justamente quando menos esperei era carne a porta
Sentia-me em dia de enterro porque rezei.

Campanhia toca
E era carne a porta
Animal de vestido vermelho
Possível lingerie de cor preta
Para compensar do sangue ao luto.

Ai, aquelas pernas grossas
Bundas encurvadas e peitos inflamados.

Sorriso no rosto parecendo dizer… (me arranha).

Era enorme a vontade de sentir seu corpo
Meu pensamento desviou de sexta-feira 13 a sábado 14.

Lá foi o convite de um vinho
Um whisky, ou um champanhe
Para acender a noite.

Acesa mesmo estava sua boca
E todo seu corpo estremecido
Com o encostar de meu corpo

“eram só suspiros”
Gemidos esplêndido de prazer.

Corpo com corpo
Língua com língua
Tornaram-se irmãos próximos
Enquanto minha língua passava sobre sua orelha
Meus dedos navegavam sobre seu ponto genuíno(G.

Éramos dois molhados
Dois safados
Dois felinos querendo carne
Em busca do prazer para saciar a fome.

Meu corpo, meu beijo, meu ombro, era importante
Meu pénis era sua prioridade.

Coloquei dentro ate a profundidade
Hora entra hora sai ate ficar espumante.

Invalido

Braços cortados
Pernas invalidas
Olhos furados
Nariz engripados
Ouvidos aterrorizados
Lábios esfriados

É tudo que sou
Por não poder abraçar-te
Contigo no colo carregar-te
Ver todo o teu sorriso
O brilho em teus olhos
O abanar de teu corpo

Sentir teu corpo perfumado
Hoje com dior
Amanhã com amor amor
Depois, todo cheiro de teu calor

Ouvir você sussurrando em meus ouvidos
Com os teus gemidos
Sentir tua língua entre meus lábios

Tão inválido eu sou
Que nem vento me leva, sem saber onde vou

Ainda assim imagino
O quanto você me amou
Quando o vento não me podia levar.


Sonhos Molhado

Sonhos molhados.
Passei minha vida procurando sexo
Sexo este que fosse o primeiro.

Tempo passa e só segredo sobre sexo
Tanta segredo que deixa-me perplexo.

Passo as ruas e vejo aquela que é a mais bela
Bela saia, o calção curto
O fato de banho na praia
E o vestido vermelho.

Tudo isso me excita
Tudo isso me aquece, me levanta
Tudo isso me cria tais fantasia.

Chupar tua vagina ate ficar suculenta
Arrancar tua roupa
Carinhosamente afogar-te ate não mais poderes respirar
Beijar-te forte ate ficares sem ar.

Ai, toda esta fantasia
Não se torna real, e meu pénis inflama
Noite devagarinho passa, noite devagarinho passa
Sonhando minha calça molhada fica.



És

És

És o significado de uma confusão
Onde tudo que é dito não há fim de compreensão
És o significado de meu pensar sem rumo

És
És o futuro, o passado que também já foi presente
És a língua que não sei falar para entender-te

És
És, serás, e um dia já fostes
Como torre de babel
Que também é teu nome (Babel).